"Paris, Eu Te Amo" (2006)

Paris, Eu Te Amo (2006): pôster e cenas
Cenas de Paris, Eu Te Amo: "Longe do 16º Arrondissement", "14eme Arrondissement", "Quartier Latin" e "Bastille". (Divulgação)

Paris, Eu Te Amo: resumo do filme

Histórias de amor de todos os tipos são apresentadas em dezoito curtas, no filme Paris, Eu Te Amo (Paris, Je T'Aime, 2006). Os idealizadores, Emmanuel Benbihy e Frédéric Auburtin, trabalharam em conjunto com outros diretores, de nacionalidades distintas, cada um numa parte da cidade de Paris, para fazer este belo projeto coletivo.

Paris, Eu Te Amo mostra franceses e estrangeiros vivendo situações comuns ou insólitas pelas ruas e lares da Cidade Luz e também serve como um guia visual para os amantes das viagens inspiradas na Sétima Arte. Confira, abaixo, as suas histórias, apresentadas na ordem em que foram exibidas na tela. Algumas delas são puro romance; outras, são belas, mas tristes; e outras, até bizarras.


8 histórias de "Paris, Eu Te Amo" (2006)
Cenas das histórias "Parc Monceau", "Place des Fetes", "Place des Victoires", "Tuileries", "Pere-Lachaise", "Pigalle", "Le Marais" e "Fabourg Saint-Denis". (Divulgação)

I — Montmartre

Bruno Podalydès dirige e atua nesta história ambientada no bairro da Basílica de Sacré-Coeur. O diretor interpreta um solteiro que se considera jovem e em boa-forma e está indignado com o fato das mulheres da cidade parecerem estar todas comprometidas. 

Bruno pensa no assunto quando consegue estacionar o carro numa charmosa rua de Montmartre, para, aparentemente, ficar apenas vendo as musas parisienses passarem pela calçada. Naquele dia, para sorte dele, uma delas, literalmente, cai aos seus pés; e ele, claro, não deixa a oportunidade passar.

II — Quais de Seine

No filme da diretora Gurinder Chadha e de seu marido, Paul Mayeda Berges, três rapazes estão sentados numa área do belo Jardim Tino Rossi, na Margem Esquerda do Sena. Dois deles paqueram as mulheres que passam, sem sucesso. O terceiro rapaz é François (Cyril Descours), um estudante de História que se encanta pela árabe Zarka (Leïla Bekhti), que está ali, próxima deles.

Por causa de um pequeno acidente, François e Zarka acabam se conhecendo. Depois dela ir embora, o rapaz continua pensando na jovem e decide procurá-la na Grande Mesquita de Paris. No local, Zarka o  reconhece e o apresenta a seu avô. Sabendo que François ajudou a neta no acidente ocorrido no jardim, e vendo o interesse dos jovens um pelo outro, o homem convida o rapaz para caminhar ao lado dele e de Zarka.

🚶Só por curiosidade, uma caminhada do jardim até a mesquita, como François fez no filme, leva cerca de 12 minutos.

III — Le Marais

Na história de Gus Van Sant, Gaspard (Gaspard Ulliel) conhece Elie (Elias McConnell) numa pequena gráfica que trabalha com projetos artísticos, localizada no bairro histórico de Marais. Ele tem certeza de que já conhece o rapaz, mas não sabe de onde. Como é místico, Gaspard acredita que pode ser de outra época e que talvez sejam almas gêmeas. Ele deixa o número do seu telefone sem se dar conta de que Eli não entende e nem fala bem o francês. Aconselhado pelo chefe. Eli vai a procura de Gaspard.  

😥Infelizmente, o talentoso e premiado Gaspard Ulliel faleceu em 2022, no auge da fama, aos 37 anos de idade, de um acidente de esqui. Foi uma pena que isso tenha acontecido, ainda mais, de forma tão abrupta, interrompendo uma vida ainda tão jovem e promissora. Um dos seus trabalhos que eu mais gostei foi como Yves Saint-Laurent, em  Saint Laurent (2014), sobre o qual comentei aqui no blog.

IV — Tuileries

Na história dirigida pelos irmãos Joel e Ethan Coen, um turista (Steve Buscemi) espera pelo metrô na estação Tuileries, no 1º arrondissement. Enquanto aguarda, ele aproveita para folhear seu guia recém comprado no Museu do Louvre e faz algumas descobertas: Paris é a cidade dos amantes e ele não deve encarar as pessoas na cidade, principalmente, nas estações de metrô. Involuntariamente, ele acaba prestando atenção nas atitudes de um jovem casal que se encontra do outro lado da plataforma. Esse erro inadmissível acaba lhe custando uns maus momentos com o namorado da garota.

V — Longe do 16º Arrondissement (Loin du 16e)

Ainda é madrugada quando Ana (Catalina Sandino Moreno), a personagem principal do segmento de Walter Salles e Daniela Thomas, precisa se levantar para ir trabalhar. Para fazer isso, Ana precisa deixar sua bebê numa creche e pegar quatro conduções, entre ônibus e metrô, para chegar no (distante) 16º arrondissement. Ali, num apartamento elegante e espaçoso, a jovem é informada de que sua patroa se atrasará por cerca de 1 hora para retornar para casa, o que significará que Ana também se atrasará para refazer todo o trajeto de volta, rever a sua filhinha e tomar conta da sua própria vida. Penoso!

A ironia da história de Salles e Thomas é que Ana trabalha como babá. Ou seja, ela passa seus dias cuidando da criança de outra pessoa para sustentar a sua.

VI — Porte de Choisy

Um vendedor de produtos para cabelos, Jean Henny (Barbet Schroeder) vai a Porte de Choisy, localizado no 13º arrondissement, para negociar com a dona de um salão de beleza, Madame Li (Li Xin), uma cliente bem difícil. A recepção não é muito boa, mas ele espera receber uma boa bonificação pelo serviço. Jean acaba agradando, ao deixar os cabelos da patroa e clientes do salão como os de estrelas do cinema. Direção de Christopher Doyle.

VII — Bastille

A história dirigida por Isabel Coixet começa no Restaurant Le Square Trousseau, onde um marido (Sergio Castellitto) espera a esposa (Miranda Richardson) para almoçarem. A mulher ainda não sabe, mas ele pretende pedir o divórcio, entre o prato principal e a sobremesa, para viver com a amante, uma aeromoça bem mais jovem.

O que o marido não imaginava era que a sua esposa tinha acabado de sair de uma consulta médica e descoberto que estava num estágio terminal de leucemia, com pouco tempo de vida. 

De repente, tudo muda para o homem. Agindo como um cavalheiro, ele desiste da amante e trata de aproveitar todos os minutos que ainda tem com a sua esposa. "De tanto agir como apaixonado, ele acaba se apaixonando de novo". Tempos depois da morte dela, ele ainda não tinha superado a sua perda.

VIII — Place des Victoires

O diretor Nobuhiro Suwa fez um filme sobre o amor de uma mãe, Suzanne (Juliette Binoche), pelo filho perdido. A mulher está muito abalada, a ponto de escutar a voz do filho, no meio da noite, chamando por ela. Suzanne corre para a Place des Petits-Pères à procura do garoto, quando vê um cowboy americano (Willem Dafoe), se aproximar; ele se parece com a imagem da estátua da Place des Victoires e com os cawboys de brinquedo que encantavam o menino. 

"Você quer ver o seu garoto?" — O homem pergunta, no melhor sotaque do Oeste americano.

Ela gesticula que sim e o menino aparece ao seu lado. A emoção e o seu abraço nele é forte, do tipo que não pretende soltá-lo nunca mais, porém a voz de sua filhinha e do seu marido a trazem de volta à realidade e ela se dá conta de que precisa ser forte por eles.

IX — Tour Eiffel

O diretor Sylvain Chomet mostra como a história de amor entre dois mímicos aconteceu, sob o olhar do filhinho deles, Jean-Claude (Dylan Gomond). 

Os pais do simpático menino se conheceram na cela de uma delegacia, depois de suas brincadeiras nas ruas de Paris terem incomodado outras pessoas. Jean-Claude, por sua vez, sofria bullying dos garotos maiores que ele, por ser filho de mímicos. Como resposta, os pais pedem (através de gestos) que ele sorria e enfrente o mundo com otimismo.

X — Parc Monceau

O mexicano Alfonso Cuarón escala Nick Nolte para dar um brilho, e um pouco de diversão, à sua história, cujo diálogo sugere um sentido (a de um encontro ilícito), quando descobrimos, no final, se tratar algo diferente.

É início de noite quando o americano Vincent Lang (Nolte) desce de um ônibus numa avenida movimentava. Ali, ele encontra-se com a francesa Claire (Ludivine Sagnier), uma mulher bem mais jovem, e os dois passam a caminhar, abraçados. Ela está em dúvida se deveria ou não estar ali. 

Se Gaspard acordar e vir que não estou, ele ficará muito chateado.

Você vai voltar antes dele notar... Onde está o seu senso de aventura?

Ele questiona se ela não confia nele e promete que vai dar tudo certo. O final surpreende — e encanta — o espectador. Divertido e bem roteirizado.

XI — Bairro das Crianças Vermelhas (Quartier des Enfants Rouges)

O francês Olivier Assayas mostra a atriz Liz (Maggie Gyllenhaal) recebendo drogas de um traficante (Lionel Dray). Sem dinheiro no momento, ela e ele vão a um caixa eletrônico ali perto. Depois, eles vão trocar o dinheiro no bar da esquina. O rapaz se enamora dela e puxa assunto sobre o que ela está filmando. Ela gosta da iniciativa dele e lhe dá seu telefone. Porém, como ele não entra em contato quando esperado, ela liga para o fornecedor e pede mais drogas, esperando que ele venha entregar-lhe, mas tem uma surpresa quando isso acontece. 

XII — Place des Fêtes

A história de amor dirigida pelo sul-africano Oliver Schmitz é bela e triste ao mesmo tempo. Um rapaz, Hassan (Seydou Boro), que trabalha limpando um prédio, se apaixona por uma jovem que ali chega para estacionar o carro, Sophie (Aïssa Maïga). Enamorado à primeira vista, ele corre para falar com ela e convidá-la para um café, mas é mal-interpretado pelo chefe, que o despede. 

Hassan, então, começa a tocar na Place des Fêtes, onde, um dia, pensa ter visto Sophie. Porém, ao abordá-la, ele é agredido e esfaqueado por uns marginais que estão na região. Coincidentemente, é a sua amada que lhe presta os primeiros socorros, antes da ambulância chegar. A jovem o reconhece pela música africana que ele começa a cantar (a mesma que estava cantando quando ajudou-a a estacionar o carro). Apesar de uma tentativa feita naquele momento e situação, ambos não conseguem realizar o último desejo dele, de tomarem um café juntos. Essa cena foi feita em torno do Obelisco que existe no meio da praça.

XIII — Pigalle

Um casal maduro, Fanny (Fanny Ardant) e Bob (Bob Hoskins) — tenta reacender o fogo da paixão indo ao clube noturno de Pigalle. As coisas iam bem até que uma discussão sobre o que fez o relacionamento deles minar as intenções de ambos.

A mulher deixa o local e o homem a acompanha. Na frente do Musée de la Vie Romantique, eles param para falar olhando nos olhos um do outro. Quando chegam na residência dela, a mulher é recepcionada como uma surpresa romântica preparada por ele. Ela entra em casa; ele vai atrás. Sem mais discussões aparentes.

No final, um cartaz mostra que ambos são artistas e trabalham numa peça em cartaz no Théâtre Le Ranelagh. Direção de Richard LaGravenese.

XIV — Quartier de La Madeleine

É alta madrugada quando um turista americano (Elijah Wood) caminha sozinho pela noite parisiense. Ele para na Rue Portalis para conferir seu mapa, quando ouve um grito. Assustado, mas curioso, o rapaz sobe a escadaria que dá acesso à Rue du Rocher, onde presencia algo assustador: uma vampira (Olga Kurylenko) sugando o sangue de um homem. Quando ela chega perto dele, o rapaz fica tão encantado (ou assustado, ou ambos) que oferece seu próprio sangue para que ela o beba. As coisas saem um pouco do controle de ambos, mas dá tudo certo; afinal, essa é uma das possíveis histórias de amor parisiense para o diretor Vincenzo Natali.

XV — Père-Lachaise

Sob a direção de Wes Craven, um casal de noivos visita a tumba do romancista irlandês Oscar Wilde no cemitério mais famoso de Paris (e um dos mais famosos do mundo), na viagem que deveria ser uma espécie de lua-de-mel antecipada, devido à agenda dele.

William (Rufus Sewell) gostaria de estar fazendo algo mais interessante, como almoçar num restaurante 5 estrelas na cidade; Frances (Emily Mortimer), por sua vez, quer prestar uma homenagem ao escritor que a faz rir e se emocionar, algo que seu noivo não tem conseguido fazer ultimamente. 

— "Ou este papel de parede vai embora, ou eu vou" — frase atribuída a Oscar Wilde, quando estava prestes a morrer, num hotel de Paris.

Diante de uma discussão pela falta de leveza e sensibilidade dele, ela o abandona no cemitério. Cabe ao espírito do escritor (interpretado por Alexander Payne) ajudar o rapaz a ir atrás da noiva e reconquistá-la com um pedido de desculpas bem romântico, no melhor estilo Wilde.

XVI — Fabourg Saint-Denis

A americana Francine (Natalie Portman) precisa chegar a tempo no Conservatório de Paris a fim fazer um teste de atuação. Para tanto, ela é ajudada por Thomas (Melchior Derouet), que mesmo sem conseguir vê-la, se apaixona por ela. 

Aprovada, Francine muda-se de Boston para um pequeno apartamento de Faubourg Saint-Denis, e torna-se namorada do rapaz. Como todos os casais, o relacionamento dos dois tem seus altos e baixos até o dia em que Thomas recebe um telefonema da jovem, aparentemente, terminado a relação. Triste, o rapaz repassa, em pensamento, a relação dos dois até aquele momento de ruptura. É quando ele recebe um outro telefonema dela e entende o que aconteceu. 

Neste simpático filme de Tom Tykwer, os destaques parisienses são o arco triunfal Porte Saint-Denis e a estação de metrô Stalingrad; ambos, exibidos, mais de uma vez, em cena.

XVII — Quartier Latin

O ex-casal Richmond, Ben (Ben Gazzara) e Gena (Gena Rowlands), se encontra na frente do Café Le Rostand, no Quartier Latin, praticamente, ao lado do Musée du Luxembourg, para discutirem os detalhes da sua separação legal, já que o homem pretende se casar de novo.

Eles entram no café, onde são servidos pelo próprio dono do estabelecimento (Gérard Depardieu), que conhece o gosto por vinho da Sra. Richmond (Graves, por sinal) melhor que o ex-marido dela.

Na superfície, a situação entre o ex-casal parece amigável e equilibrada, mas percebe-se um leve tom de saudade e um certo ressentimento em suas falas, troca de olhares e respirações pausadas. Durante a conversa, descobrimos que eles têm duas filhas, netos, e que estão envolvidos com parceiros mais jovens.

Quer fugir comigo? — ele propõe, de repente e aparentemente, de brincadeira.
Eu acho que já fizemos isso?
E daria certo, se tivesse fechado essa sua linda e sarcástica boca.
E se você não abrisse as suas calças impecavelmente cortadas.

Depois dessa troca de alfinetadas, os dois se despedem e marcam de se encontrar no Crillon, no dia seguinte, para assinarem os papéis do divórcio. Sem retorno; vida que segue.

Direção de Frédéric Auburtin e Gérard Depardieu. Além de atuar, Gena Rowlands também participou do roteiro deste segmento.

XVIII — 14e Arrondissement

A americana Carol (Margo Martindale) economizou e estudou francês por dois anos para passar seis dias em Paris. Por ser uma carteira em Denver, ela preferiu viajar por sua conta, sem acompanhar um grupo de turismo, para ter liberdade para explorar a capital francesa como bem entendesse, tentando interagir com os locais, praticar o idioma e experimentar a boa gastronomia. A expectativa era essa; a realidade foi um pouco diferente (o jet-lag demorou mais do que o esperado, uma local respondeu em inglês e recomendou um restaurante chinês para ela), mas acabou se mostrando proveitosa.

Hospedada no 14eme arrondissement (Hotel Bleu Marine), Carol caminhou por ruas agitadas e por ruas tranquilas do bairro, subiu na Torre de Montparnasse (de onde avistou a Torre Eiffel), visitou o cemitério local e terminou o passeio no Parc Montsouris, numa despedida bem emocionante, tanto para ela como para o espectador. Num banco daquele parque, ela fez essa reflexão:

“Então, algo aconteceu. Algo difícil de ser descrito. Sentada ali, sozinha num país estrangeiro, longe do meu trabalho e de todos que eu conhecia, uma sensação tomou conta de mim. Era como se eu me lembrasse de algo que nunca conheci; ou que sempre esperei, sem saber exatamente o quê. Talvez fosse algo de que eu havia esquecido. Ou algo de que eu senti falta a vida toda. O que posso dizer é que senti ao mesmo tempo, alegria e tristeza. Mas não tristeza demais, pois me senti viva. Sim, viva. Este foi o momento em que eu me apaixonei por Paris. E senti que Paris se apaixonou por mim também.”

💖Como eu amo viajar (imagino que você também goste muito) e, muitas vezes, faço isso sozinha, as palavras dela me tocaram profundamente. O diretor Alexander Payne (o Oscar Wilde do segmento "Père-Lachaise") não podia terminar a sua história — e o filme, como um todo — de forma mais tocante!

Paris, Eu Te Amo: Comentários


Paris, Eu Te Amo deu início à franquia dos filmes coletivos, ambientados em cidades famosas: Nova York, Eu Te Amo (2008), Rio, Eu Te Amo (2014), Tbilisi, I Love You (2014) e Berlim, Eu Te Amo (2019). Quem venham mais filmes desse tipo. Nós, cinéfilos e viajantes, agradeceremos!

😄Não sei se por liberdade criativa ou por preguiça mesmo, muitos personagens ganharam os nomes dos seus intérpretes; outros, nem nome ganharam.

💑Achei emocionante rever Juliette Binoche e Willem Defoe atuando juntos, desde O Paciente Inglês (1996).

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