VC celebra F. Scott Fitzgerald 🎂📖🎷!

Fitzgerald em sua mesa de trabalho (Getty Images | Bettmann Archive).

A vida e o legado de F. Scott Fitzgerald

Setembro é o mês de celebrar a existência de Francis Scott Key Fitzgerald, um dos escritores norte-americanos mais brilhantes de todos os tempos. Nascido em 24 de setembro de 1896, na cidade de Saint Paul, em Minnesota, esse autor nos brindou com alguns dos romances e contos mais fascinantes da história da Literatura, com destaque para:

• Este lado do paraíso (1920), seu primeiro romance, que virou um best seller;
• Os belos e malditos (1922), seu segundo romance, que consolidou seu nome como escritor;
• O curioso caso de Benjamin Button, o mais famoso entre os Contos da Era do Jazz (1922);
• O grande Gatsby (1925), seu terceiro romance, considerado sua obra-prima;
• Suave é a noite (1934), seu quarto romance e trabalho mais maduro (o meu favorito!);
• O último magnata (1941), seu romance inacabado e publicado postumamente.

Esses trabalhos foram ambientados entre os anos 1920 e 1930, quando o mundo testemunhou os acontecimentos e consequências tanto da Primeira Guerra Mundial como do crack da Bolsa de Valores americana, e refletiram momentos da vida do escritor e da sociedade do seu tempo. Seus principais temas foram a juventude, a beleza, o dinheiro, as festas, as bebidas, o amor e a falta dele, a desilusão e até o desespero. Fitzgerald não foi um escritor de finais felizes, mas dramáticos, atraindo uma parte do público do seu tempo e afastando a outra parte.

Além dos títulos citados, Fitzgerald escreveu outros contos, também interessantes, durante a década de 1930, onde destaco:

• "Acompanhe o Sr. e a Sra. F ao quarto..." (1934), onde ele narra momentos das viagens que fez com sua esposa e musa inspiradora, Zelda, pela Europa e Estados Unidos e os hotéis onde se hospedaram; 
• "Dormindo e acordando" (1934), onde ele descreve uma longa noite de insônia que teve e menciona Hemingway (que também escreveu um conto sobre o assunto); e 
• "O colapso nervoso" (1936), onde ele reflete sobre os golpes fortes e súbitos que a vida desfere.

Fitzgerald também nos deixou uma pequena autobiografia, A Short Autobiography, lançada, somente, em 2011, pela Scribner. Nela, o autor escreve sobre seus pais, seus anos em Princeton, como viver com pouco dinheiro, o processo da escrita (dificuldade para começar histórias, materiais perdidos) e muito mais.

O escritor e sua família viveram em Nova York, na Riviera Francesa, em Paris e em Baltimore. Em julho  de 1937, ele aceitou um emprego de roteirista para MGM Studios e mudou-se, sozinho, para Hollywood, Los Angeles, local onde faleceu, no dia 21 de dezembro de 1940, vítima de um ataque cardíaco. Cada um desses lugares foi imortalizado em algum romance ou conto dele, bem como o período de alegrias e frustrações que ele vivenciou em cada época.

Curiosidades sobre o escritor da Era do Jazz

Capas originais dos livros do escritor e uma estátua dedicada a ele, em Saint Paul, sua cidade natal (fonte: Wikipedia).

Para os amantes da Literatura mundial, F. Scott Fitzgerald será sempre lembrado como o escritor da Era do Jazz, expressão que foi ele ajudou a imortalizar em seu livro Contos da Era do Jazz (1922).

Como uma forma de celebrar e imortalizar o filho famoso, por ocasião do seu centenário, Saint Paul, a cidade natal de Fitzgerald, lhe fez uma bela homenagem: instalou uma estátua do escritor, em tamanho natural e feita de bronze pelo artista Michael Price, no Rice Park, centro da cidade.

Se você quiser entender um pouco do homem e da vida de Fitzgerald, sob ângulos diferentes dos que ele deixou registrado em seus romances, sugiro dois livros interessantes: o romance escrito por Zelda Fitzgerald, Esta valsa é minha, publicado, originalmente, em 1932, e baseado na história dela e do marido; e a biografia Paradise Lost: A Life of F. Scott Fiztgerald (2017), escrita por David S. Brown.

Com este post celebrativo e a série "Especial Fitzgerald", o meu desejo foi fazer uma homenagem ao escritor que, apesar dos golpes que sofreu, soube viver muito bem e imortalizar os seus momentos — bons e ruins — em belíssimas histórias. 

Parabéns, F. Scott Fitzgerald 🎂🍷🎈📖🎷!